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Ato de solidariedade a Lúcio Flavio Pinto

No próximo dia 6 de março (terça-feira), às 18 horas, haverá um ato de solidariedade ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, que vem sofrendo pressões, ameaças e processos judiciais por conta do seu ofício de informar, defender o direito à informação do cidadão e denunciar as investidas dos poderosos contra o patrimônio da Amazônia. O evento será realizado no auditório do Ministério Público Federal e contará com a presença de representantes de diversas entidades e personalidades comprometidas com a luta pela democracia e liberdade de expressão.

Farão parte da mesa de debate a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Sheila Faro; o presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Marco Apolo; o procurador da República, Felício Pontes; o professor e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, Jeronimo Treccani; a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ima Vieira; e a jornalista e professora do curso de Comunicação Social da UFPA, Rosaly Britto.

Está sendo produzido um vídeo, que mostra a participação de Lúcio Flávio Pinto em diversos programas e documentários sobre a sua atividade profissional. Programado, também para o evento, a venda de exemplares do Jornal Pessoal e livros produzidos pelo jornalista. Antes do encerramento do ato serão discutidos os rumos da campanha de solidariedade a LFP.

A perseguição política contra Lúcio Flávio Pinto já soma 20 anos desde o primeiro processo, em 1992. No total, são 33 processos judiciais cíveis e penais contra o jornalista, que tem se dedicado a sua função de investigar, checar informações e denunciar ações ilegais, corrupção, crimes contra o interesse e o patrimônio público, além de irregularidades no exercício da função pública.

Em 1999, o Jornal Pessoal denunciou Cecílio Rego de Almeida, dono da construtora C.R. Almeida*. O empresário grilou uma área de 4,7 milhões de hectares de terras públicas, no Pará. O conhecido “pirata fundiário” processou o jornalista por suposta “ofensa moral”. O Tribunal de Justiça do Pará aceitou a queixa e condenou Lúcio à indenização de R$ 8 mil; ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas no último dia 7 de fevereiro o STJ negou seguimento ao recurso, arquivando-o, sob alegação de “erros formais”.

O ato de solidariedade a Lúcio Flávio Pinto faz parte da campanha “Liberdade para Lúcio Flávio Pinto, que já conta com o blog: http://somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com e um grupo do Facebook (Pessoal do Lúcio Flavio Pinto), que além de denunciar as perseguições ao jornalista, visa também contribuir para arrecadar recursos para pagamento da sentença movida por Cecílio Rego de Almeida e seus herdeiros, que está inicialmente orçada em R$ 30 mil, considerando a atualização do valor fixado como indenização.

A conta da campanha de contribuição está no Banco do Brasil, Agência 3024-4, Conta Poupança, variação 1, número 22.108-2, CPF do titular: 212.046.162-72, Titular da conta: Pedro Carlos de Faria Pinto, irmão do jornalista


*Mande uma mensagem de repúdio para a empresa de Cecílio Rego de Almeida, no seguinte endereço eletrônico: http://www.cralmeida.com.br.

Em Bragança 70.654 pessoas não tem acesso a água tratada

Ainda analisando os números do IBGE para cidade quatrocentona, Bragança, a Pérola do Caeté, verifica-se que o índice de analfabetismo da população acima de 15 anos ainda é de 15,7%, ou seja, 17.777 cidadãos que não sabem ler e nem escrever, pois o IBGE não mediu o número dos chamados analfabetos funcionais.

Na cidade de Bragança existem torneira públicas muito freqüentadas onde as pessoas fazem filas com suas garrafas pets, para apanhar água para beber. O mais trágico é que muitas destas torneiras são localizadas em prédios públicos como a Escola Muncipal Maricotinha ou a Secretaria Municipal de Saúde. Sempre questionei este fato, agora lendo os números do censo 2010 vejo que 62,4% da população não tem acesso a água tratada. São 70.654 pessoas que em pleno Século XXI não tem o direito básico de água doce sem contaminação atendido. Pode?

Um outro número muito difícil de aceitar é o do esgotamento sanitário, 12.663 domicílios, com uma taxa de ocupação de 6,7 representando 84.842 pessoas usam fossas rudimentares. Isto explica a quantidade de pessoas nos postos de saúde ou no atendimento da rede hospitalar, que não é pequena.

Os números estão aí, ninguém pode desconhece-los, basta agora vontade política de trocar pão e circo por políticas públicas responsáveis. Basta querer.

 

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