O que será uma "Belém Sustentável" ? Na visão do Partido Vede será uma cidade boa para viver e criar os filhos.
Uma cidade assim precisa cuidar da qualidade de vida dos seus habitantes promovendo um bom sistema de transporte público integrado. O ir e vir diário em busca do trabalho e das necessidades básicas deve ser feito com conforto, rapidez, baixo custo, mas sem emissão de gases poluentes. O transporte individual não é a melhor saída, não temos e nunca teremos ruas suficientes para que cada pessoa se desloque de automóvel.
Uma cidade assim precisa cuidar do esgoto. Belém, após 400 anos de existência, continua jogando as águas servidas, cheias de produtos tóxicos, diretamente no rio Guamá ou na Baia do Guajará. Nossa cidade não fede a podre, graças a maré de todos os dias, mas a sujeira é responsável pelo desaparecimento dos peixes e pela o aparecimento de muitas doenças graves na nossa população.
Uma cidade assim precisa cuidar do lixo que produz. As pessoas acham que jogando o lixo da porta da casa para rua estão se livrando dele, mas não é assim que a banda toca. O planeta não tem porta e todo o lixo que produzimos fica aqui, convivendo conosco. Por isso, separar, reaproveitar, reciclar e tratar é a melhor solução para termos uma Belém saudável.
Uma cidade assim precisa preservar nascentes de rios, igarapés, áreas verdes e aumentar a arborização. O equilíbrio entre as áreas asfaltadas, construídas com as áreas naturais garantirá o futuro ambiental de Belém e o Plano Diretor Urbano de Belém já traz as regras para a preservação, basta cumpri-lo.
Uma cidade assim precisa dividir melhor seus espaços urbanos e a disposição dos equipamentos públicos. Os principais órgãos públicos estão no centro da cidade obrigando que as pessoas se desloquem sempre na mesma direção, tumultuando o trânsito e inviabilizando o planejamento de ações urbanas. Pode ser diferente? Claro que pode, basta planejar e redistribuir as funções pelos espaços da cidade, induzindo o crescimento e a organização saudável. O planejamento dos espaços urbanos garante, além da qualidade de vida, a diminuição da violência que atinge jovens pobres da periferia não urbanizada.
Uma cidade assim precisa de um bom serviço de saúde e educação. A deficiência na prestação destes dois serviços escencias atinge violentamente os pobres e a classe média. O pobre, por não ter a quem recorrer, se vê obrigado a suportar com a sua própria dor o não acesso a médicos e a escola. O classe média, além de pagar uma pesada carga tributária justamente para custear esses serviços, ainda arca com caríssimos planos de saúde e mensalidades escolares.
Nós do PV estamos empenhados em debater primeiro um modelo ideal de cidade e depois discutiremos os nomes de quem vai conduzir. Com este propósito estamos participando de um movimento suprapartidário por uma "Belém Sustentável". Que venham os partidos do bem!