A sociedade civil organizada e a imprensa tem um papel muito importante nas eleições que é de ajudar o eleitor a fazer boas escolhas, optar entre as melhores propostas e os melhores candidatos para solucionar os problemas que afetam a população que mora nas nossas cidades.
Os candidatos vão fazer suas propagandas dizendo o que agrada o eleitor, mas a imprensa e as entidades podem desvendar as realidades municipais que muitos não conhecem.
A primeira coisa a fazer é interpretar os números do IBGE Cidades refrente ao Censo fresquinho de 2010. Vou dar um exemplo aqui começando por Bragança.
População bragantina é de 113.227 pessoas, sendo que 64,1% moram na área urbana e 35,9% residem na área rural; 77,7% das pessoas estão na faixa etária de 0 a 39 anos de idade; dos 26.222 domicilios, 10.409 tem uma mulher como responsável; apenas 5,7% dos domicilios bragantino dispões de saneamento considerado adequado; e a renda mensal domiciliar per capita - valor médio - é de R$ 268,00.
Esta triste realidade levou quatrocentos anos para se formar e se na escolha do próximo gestor não for considerada como elemento primordial da intervenção governamental, demoraremos outros tantos anos para alcançarmos um patamar civilizatório ideal.
Se a imprensa, com suas ferramentas e alcance, preparar um caderno especial sobre cada grande ou médio muncípio paraense, olhando os números, ouvindo especialistas e indicando soluções adequadas, ajudaria e muito na decisão dos eleitores.
As entidades podem usar os números e as opiniões publucadas pela imprensa para fazer seminários, encontros, reuniões com as lideranças locais para esclarecimentos e tomada de decisões, indicando caminhos bem melhores que o atual.