Crime de Imprensa

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Hoje, 27.01, as 19 horas, na FOX Vídeo, acontecerá o lançamento do Livro “Crime de Imprensa”, dos jornalistas Palmério Dória e Mylton Severiano. O Livro aborda a cobertura da grande imprensa na última eleição presidencial.

Para divulgar o Livro, Palmério Dória participou de um bate papo, ontem, no IAP (Instituto de Artes do Pará), que é presidido por Tito Barata. A conversa com uma seleta platéia foi mediada pelas jornalistas Ivana Oliveira e Rita Soares e iniciou com a provocação de Tito Barata: jornalismo é literatura?

Palmério preferiu iniciar sua manifestação lendo um belo texto de resgate histórico da imprensa brasileira, passando pela cobertura da Guerra de Canudos, que deu origem a “Vidas Secas” de Graciliano Ramos, em 1938; Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto); Samuel Wainer; para provar que o novo jornalismo é tão velho quanto a resistência de profissionais de imprensa a manipulação da notícia.

A iniciativa do IAP; a platéia, com Nélio Palheta, Pedro Galvão e muitos jovens jornalistas; as mediadoras, Ivana e Rita, com suas brilhantes intervenções e Palmério Dória, acenderam a luz neste final de túnel onde se colocou a imprensa paraense, que no passado contou com brilhantes jornalistas, mas que hoje mal sabe interpretar um importante conflito como o que envolve a maior e mais poderosa instituição da sociedade civil, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, sob obscura intervenção política.

A OAB, na administração Jarbas Vasconcelos foi parada por incomodar os poderosos que queriam construir prédios na orla da cidade; que estão se beneficiando com Belo Monte; que desviaram milhões dos cofres da Assembléia Legislativa; que privatizaram a Justiça Estadual; que contratam assessores especiais sem lei; que impedem os mais pobres de receberem políticas públicas compatíveis com suas necessidades; que usam o prestigio da instituição para arrecadar cargos e outras vantagens…

A imprensa local divisou três razões-justificativa para tão absurda intervenção: Jarbas Vasconcelos se uniu a Rômulo Maiorana, entrando na briga Liberal X Diário do Pará e isso é imperdoável; tentou vender para um conselheiro, por sob-preço, um terreno de propriedade da Ordem, em Altamira; ou a briga é política por poder interno. Estes são os crimes hediondos cometidos por Jarbas Vasconcelos. Pensar neles talvez acalme a consciência de alguns profissionais e os autoriza dormir em paz, todas as noites.

Se eu fosse jornalista, soubesse investigar e escrever, faria um livro de repercussão nacional, desvendando os interesses por trás desta absurda e inédita intervenção em uma seção da OAB. E sabe qual seria o título? “advogados do crime organizado contra o povo”. Não precisa dizer, sou ruim de título, mas é o que me vem a mente.

Nas investiga

 

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