Em Tomé Açu existe um guerra entre dois grupos de empresários pelo poder político no município. Esta guerra já matou muita gente. Os dois últimas vítimas foram o empresário Luciano Capácio e o advogado Jorge Pimentel. Mortos brutalmente por pistoleiros.
Quem tem interesse nestas mortes?
A política foi inventada para substituir a guerra. Os gregos foram os inventores desta forma de resolver conflitos. Debater os problemas, encontrar convergências e solucionar as divergências é o papel da política.
Em Tomé Açu não está dando certo. Os empresários que para ali migraram, resolveram copiar o modelo político implantada em Paragominas, municípios de onde muitos deles migraram. A iniciativa porém não vem dando certo simplesmente por não haver as mesmas condições objetivas que se apresentaram lá e que não se apresentam aqui.
Os dois grupos não sentam para conversar. Não há pontos em comuns e nem um projeto de futuro. Os líderes dos dois grupos querem as mesmas coisas e não estão dispostos a abrir mão e nem arredar qualquer centímetro das suas pretensões de poder. Não existe um líder que seja respeitado pelos dois lados e que faça a ponte para que eles atravessem e apertem a mão em armistício.
A única saída a curto prazo é o Governador do Estado. O chefe do Ministério Público e o Chefe do Poder Judiciário unirem-se para restaurar a paz aos cidadãos, vítimas da ambição de poder de uns poucos. Punir exemplarmente os mandantes dos crimes e afastá-los do cenário é a primeira ação fundamental para alcançar a estabilidade política e permitir o exercício da política como substituto da guerra.
Se o Estado não punir os que mandaram e mataram o dr. Jorge Pimentel, outras mortes vão acontecer já.