Fui na Basílica de Nazaré agora pela manhã, primeiro dia após a renuncia de Bento XVI, o Padre Ramos era o celebrante, fiquei aguardando para ver o que ele iria dizer na hora da liturgia em que se reza pelo Papa. O Padre pediu pelos responsáveis pela Igreja. Caiu a ficha, estamos de fato sem Papa.
Sai da Igreja e fui caminhar pensando sobre o assunto. Como será a vida de Bento XVI daqui por diante? Quem será o novo Pontífice? Quais mudanças a Igreja sofrerá? Pensei o quanto deve ter sido difícil para um Papa, que dirige uma instituição de mais de dois mil anos, com uma responsabilidade que atinge todos os continentes, tomar uma decisão de tamanha envergadura, sabendo das implicações e repercussões deste seu ato. Um fato que só teve paralelo seiscentos anos atrás.
Nós para renunciar pequenas coisas as quais somos apegados demoramos muito para decidir, medindo todas os prós e contras. Tem gente que se apega a poderes temporais, ínfimos, sem muita importância. Já vi gente brigar pela posse do controle remoto da tv a cabo. Bento XVI nos dá uma grande lição nesta hora.
Arnaldo Jabor, no seu comentário de hoje, conclui dizendo que Bento XVI renunciou para fortalecer a verdadeira Igreja. Que assim seja.
Deus abençoe Bento de XVI e inspire o Conclave na escolha do novo Papa: “seja feita a vossa vontade, assim na terra...”