Duas decisões tomadas pelos deputados federais e senadores dificultaram ainda mais a democracia nas eleições brasileiras. O pior é que acontece em resposta aos movimentos de ruas que exigiam, exatamente o contrário.
Na primeira, o parlamentares impuseram o orçamento impositivo. O orçamento deixará de ser uma previsão, obrigando o Executivo a cumprir tudo que for votado. Em seguida, conseguiram aumentar em mais um bilhão as chamadas emendas parlamentares, dinheiro com o qual, eles amarram apoio dos prefeitos e garantem seus currais eleitorais fiel.
Na segunda, através de uma minireforma, alegando diminuir despesas de campanha, proibiram propagandas alternativas, muito usada pelos candidatos de partidos pequenos, como cartazes, placas e até bonecos. Diminuíram o poder de fiscalização da justiça eleitoral e legalizaram a compra de votos via cabos eleitorais.
Os parlamentares tentam se proteger contra a força das redes sociais e das ruas. É uma ação desesperadas de quem sabe que o povo fará uma reforma simples, deixando de votar em quem já tem mandato e experimentando o novo. Nada vai impedir as mudanças que começaram nas ruas, quando a sociedade brasileira deixou os teclados de lado, saiu de casa e manifestações e avisou: queremos mudanças e se vocês não fizeram, faremos nós.