O lixo de Belém deve ser tratado com transparência

Muita gente não entendeu minha nota sobre o lixo de Belém e Região Metropolitana. Desculpem, mas vou esclarecer melhor.

Tem duas empresas brigando para prestar o contrato de destino final do lixo de Belém, duas poderosas do ramo, e receber mais de oitocentos milhões por este serviço. Não tenho nada contra as empresas.

Os prefeitos, os membros do Ministério Público, da OAB e das ONG's não podem servir aos interesses privados, reduzindo o debate do destino final do resíduos sólidos, aos interesses das duas empresas.

Todos devem ter o bom senso e buscar soluções para os seguintes assuntos:

1. Recolher e tratar o lixo com competência e por um preço justo que, a final, será bancado pelo povo através de pagamento de taxa e imposto;

2. Garantir a implantação da coleta seletiva, da logística reversa e das medidas para não produção de resíduos, incluindo a educação ambiental, medias estas que devem fazer parte do Programa de Resíduos Sólidos, decidido coma participação da sociedade e dos catadores;

3. O aproveitamento do trabalho dos 2000 catadores que hoje estão no lixão;

4. Apresentação do plano para recuperação da área degradada no atual "lixão do Aurá";

5. Escolha da nova área onde vai ser implantada e como será o "aterro sanitário" que abrigará todo o resíduos sólidos da região metropolitana;

6. Por fim, quais as prefeituras e municípios que vão participar do esforço para resolver o problema do destino final do lixo na Região Metropolitana;

Estas perguntas precisam ser respondidas com absoluta transparência e espírito público, sem qualquer pressão dos interesses privados, por mais legitimo que eles sejam.
 

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