Em plena comoção por causa de um incêndio em uma boate que matou mais de duzentas pessoas, descobre-se que a empresa Gafisa, responsável por grandes empreendimentos, como é o caso do Mirante do Lago, seis torres de 15 andares e 270 apartamentos, usava habite-se falso expedido pelo subtenente Alexandre Oliveira de Melo do Corpo de Bombeiros.
A empresa se defende dizendo que "todos os empreendimentos da empresa em Belém são desenvolvidos em absoluta conformidade com os projetos aprovados pelos órgãos competentes e que eventuais exigências das autoridades foram cumpridas."
O fato é que a empresa usava habite-se falso e que os prédios por ela construídos tinham problemas, alguns, segundo o Bombeiro, já foram sanados, exceto o Mirante do Lago, atualmente habitado e que ainda tem problemas.
A fraude foi descoberta porque um outro oficial da Corporação foi comprar um apartamento em um dos prédios da empresa e verificou que os itens de proteção e prevenção de incêndio não estavam de acordo com as normas. As pessoas que ali moravam estavam expostas ao perigo de não ter a segurança no caso de incêndio, como não tiveram os mais de duzentos inocentes frequentadores da Boate Kiss. O Oficial iniciou a investigação e descobriram vários empreendimentos da mesma empresa estavam habitados por incautos moradores, mas que portavam habite-se falso por não cumprirem os itens de segurança.
Ao ler ou ouvir o noticiário, tem-se a impressão que a empresa, inocente, foi vítima de um marginal fardado, que a enganou emitindo os habites-se falso. Aguardemos as investigações para ver se é isso mesmo.