Bragança, Belém e Cametá foram arrasadas


No Pará, tem município criado recentemente, como Mojuí dos Campos, mas tem município com 400 anos, como Bragança. Tanto nas novas cidades quanto nas mais antigas, toda vez que muda o prefeito é como se tudo começasse do zero, pois ao antecessor destrói tudo antes de entregar o cargo.

Daniel de La Touche chegou em Bragança em 1613, encontrou uma civilização a beira do Caeté e arrasou tudo, matando índios caetés para implantar uma cidade francesa por ali.

Francisco Caldeira Castelo Branco fez o mesmo em 12 de janeiro de 1616. Ao chegar em Belém, encontrou o povo tupinambá, não contou conversa, acabou com o que tinha de cidade indígena, não deixando vestígio para que a história pudesse ser reconstruída. 

Pedro Teixeira também arrasou com a civilização dos camutás, que viviam as margens do rio Tocantins, em Cametá. A destruição foi tamanha, que nunca se pôde fazer ligação com passado daquele povo.

Os invasores modernos são os ex-prefeitos e ex-administradores públicos. Cada vez que termina um mandato e o prefeito deixa de eleger o seu sucessor, destrói computadores, documentos, banco de dados, deixando o novo prefeito sem ter como reconstituir a história administrativa do município. 

São verdadeiros criminosos querendo se livrar do corpo que acabaram de assassinar. Matam, esquartejam, colocam tudo em várias malas e jogam em lugares diversos para dificultar as investigações.

É como se a cada quatro anos um Danel de La Touche chegasse e matasse mais um porção de índios. 

Em 400 anos, se a história administrativa de Bragança fosse preservada, teríamos corrigido muitas falhas e contaríamos com um serviço público de excelência. Padre Nelson Magalhães vai começar tudo do zero, não exatamente do zero porque terá que pagar muitas dívidas e as despesas com a reconstrução administrativa de seu Município.

O Ministério Público Estadual e a Polícia Civil precisa agir e dar um respostas à sociedade paraense. Criem um grupo especial para receber o reclamo dos novos administradores e promovam as investigações penais, com a punição destes facínoras. 
 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB