Sou um incentivador desta aproximação entre o Poder Legislativo e a população que pode ser cada vez mais ampliado, simplificado e eficaz. A interiorização do Legislativo, embora pouco eficiente, também é valida. Os deputados podem ouvir o clamor da população. Apenas deve se ter o cuidado para não frustar os eleitores, deixando-os sem respostas concretas para os pleitos que apresentam.
Fui deputado por dois mandatos e participei da primeiro esforço de levar a Assembléia Legislativa para o interior do Pará. O presidente Ronaldo Passarinho foi o pioneiro desta iniciativa. Ouvimos muitas associações, líderes e autoridades do Tapajós. Recebemos propostas, sugestões e reclamações. Depois voltamos para Belém e nunca mais respondemos as angustia dos tapajônicos. Anos depois, talvez frustados por este e outros descasados, eles se levantaram, com razão, tentando a autonomia da região para formação de um novo estado.
A Assembléia Legislativa agora volta com a interiorização indo à Marabá. Espero que este contato dos deputados com os eleitores do Carajás seja proveitoso e não sirva de combustível para aumentar a temperatura do sentimento de abandono vivo naquelas pessoas.
O Parlamento do Pará precisa criar ferramentas de democracia que permita a consulta e acompanhamento de suas atividades e dos parlamentares. Mecanismo para aceitar propostas da cidadania podem ser adotadas. Torço para que o Poder Legislativo seja mais legitimo e comprometido com políticas públicas a favor da maioria.