Juro que não entendi o factoide criado pelo
governador Simão Jatene em cima de uma decisão da Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE) do Senado Federal sobre as nova alíquotas de ICMS nas transações
interestaduais.
1.
Na reunião que Jatene fez, tinham empresários e
sindicalistas, mas não estavam lá os senadores que representam o Pará e de fato
votam no assunto no Senado. Eles, independente de divergências, deveriam ser
chamados.
2.
O Governador, se quisesse de fato interferir na
decisão do Senado, deveria ter chamado para conversar os senadores Jader
Barbalho, Mário Couto e Flexa Ribeiro e articular com eles uma estratégia de
emendas para alterar o teor do que foi votado. Mas não foi isso que Jatene fez.
3.
Onde é que a proposta aprovada no Senado afetará
o Pará? Quanto deixaremos de ganhar? Quem deixará de ganhar internamente? Nem uma
destas perguntas foram respondidas pelo Governador no seu factoide.
4.
Como a matéria é tributária e é complexa, pouca
gente que se diz intelectual por aqui entendeu o que foi dito, talvez por isso engoliram o factoide.
5.
Pela proposta aprovada na CAE, o Pará, quando
comprar dos estados do sul e sudeste, pagará apenas 4%. Quando eles comprarem, pagarão 7%.
6. Onde o Pará perde? Tem mais. A decisão ainda não é definitiva. Tramita uma proposta de emenda criando zonas de livre comércio no Pará, em Santarém, em Marabá e Barcarena. Destas, apenas duas vão ser aprovadas. Será que Jatene vai ferrar Marabá novamente?
7. A matéria ainda vai a apreciação pelo Plenário do Senado.
8. O Pará não faz compras significativas dos estados do Norte e por isso dificilmente pagará 12% nas transações interestaduais. Jatene deveria mostrar quanto compramos dos estados irmãos da nossa região.
9. Com alíquota menor na região aumenta as nossa chances de vender mais.
6. Onde o Pará perde? Tem mais. A decisão ainda não é definitiva. Tramita uma proposta de emenda criando zonas de livre comércio no Pará, em Santarém, em Marabá e Barcarena. Destas, apenas duas vão ser aprovadas. Será que Jatene vai ferrar Marabá novamente?
7. A matéria ainda vai a apreciação pelo Plenário do Senado.
8. O Pará não faz compras significativas dos estados do Norte e por isso dificilmente pagará 12% nas transações interestaduais. Jatene deveria mostrar quanto compramos dos estados irmãos da nossa região.
9. Com alíquota menor na região aumenta as nossa chances de vender mais.
7.
A alíquota interna de ICMS para consumidor não
muda, e nós, o povo, continuaremos pagando os mais altos percentuais do país
pelo imposto da gasolina e da luz, por exemplo.
8.
O que Jatene deveria vir a publico e explicar
como é que ele que passou os últimos 30 anos no governo e no setor de
planejamento do Estado nunca foi capaz de articular um projeto de Pará para os
próximos 30 anos.
9.
Acredito que Jatene quis foi criar um espírito
regionalista para usar politicamente e esconder as mazelas do seu governo,
principalmente o recente escândalo de corrupção no Detran.
10. Desculpe
o meu atrevimento Jatene, mas tá na hora de parar de achar que aqui só tem
burro. Lute contra a federalização dos licenciamentos. Faça cumprir as
condicionantes de Belo Monte. Lute pela industrialização dos nossos recursos
naturais. Defenda as empresas paraenses contra as compras de fora e as
contratações de serviços de outros estados feitas pelos grandes
empreendimentos. Defenda os índios dos ataques da força nacional. Defenda o
Pará do crime organizado que mata adolescentes todos os dias nas nossas periferias.
11. O
Pará não precisa ter inveja dos nossos estados irmãos aqui de norte que
conseguiram uma pequena alíquota que não nos prejudica. Vamos nos unir com os
competentes políticos do Amazonas, Rondônia, Roraima e Amapá e lutar unidos
pelo Norte. O que o Senhor está fazendo é nos isolar ainda mais.
12. Precisamos
é construir um Plano de Futuro para os próximos trinta anos e liderar a região,
temos recursos naturais, tem um povo trabalhador, o que não temos são
verdadeiros líderes políticos, mas isto é um problema para a democracia.