O Pará rico com um povo pobre eu não quero


Duas novas grandes hidrelétricas vão ser implantadas no Pará. A de São Luís no Tapajós e a de Marabá no Tocantins. O Pará será o maior produtor de energia do Brasil em bem pouco tempo.

O Conselho Estadual de Meio Ambiente, em recente reunião, aprovou a licença para o Porto de Miritituba em Itaituba e mais licenças para novas mineradoras exploraraem riquezas minerais no estado foram concedidas.

A Ministra Gleisi Hofmann, chefe da Casa Civil da Presidência da República, garantiu que a ferrovia Norte-Sul chegará até o Porto de Barcarena. Enquanto isso, a Vale do Rio Doce duplica sua ferrovia para exportar mais ferro.

O futuro do Pará, com todos estes investimentos, está grantido, com certeza. Os atuais administradores e politicos chamam esse crescimento todo de desenvolvimento.

Resta saber se este desenvolvimento, significa melhores dias para o nosso povo e nosso meio ambiente. Digo que ainda não significa.

Para que o povo aproveite e tenha futuro garantido, é preciso adotar uma nova concepção de desenvolvimento.

E que desenvolvimento é este?

Ao lado do desenvolvimento, devemos agregar a palavra sustentável. O desenvolvimento sustentável é aquele que se preocupa com as pessoas e com o meio ambiente. Se não for assim, não é desenvolvimento, me desculpem os economistas.

A Hidrelétrica de Marabá, por exemplo, vai gerar muita energia, mas em compensação inundará a cidade de São João do Araguaia, lugar onde vivem mais de dez mil pessoas. 

É justo que estas pessoas sejam prejudicadas para que o Pará produza mais energia? Claro que não. Devemos estudar uma forma de compensar as pessoas com o desenvolvimento.

O Pará será um estado rico e o maior produtor de energia do Brasil. Isto de nada adiantará se continuarmos a ter pobreza e desiguladade.

Você está disposto a construir um novo futuro para o povo e o meio ambiente no Pará? Então venham para o bloco daqueles que querem o desenvolvimento sustentável.
 

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