O Brasil, com sua recente democracia, precisa experimentar tudo isto. É um momento de ebulição. Apenas não podemos deixar que o nosso país construa uma cultura da intolerância.
Devemos continuar praticando a multiculturalidade, sendo tolerante com tudo e com todos.
O deputado Marco Feliciano não pode ser atacado na sua fé, mas também não pode usar este momento e o mandato parlamentar de um estado laico para espalhar a aversão as minorias.
Embora queiram transformar este debate num debate de cunho religioso, na verdade estamos diante de causas que dizem respeito às liberdades civis e as direitos fundamentais das pessoas e da própria sociedade.
As religiões cristãs tem obrigações de serem as grandes aliadas em busca de soluções baseadas no amor. Afinal de contas, inspiram-se em Jesus Cristo e nos seus ensinamentos.
Foi ele que deu todos os exemplos possíveis de tolerância. Almoçou na casa do publicano. Perdoou a adultera... E quando perguntado qual era a lei mais importante a ser seguida, não titubeou: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo".
Exercitemos, pois, a democracia até as últimas conseqüências, mas sem deixar que o ódio substitua o amor.
O Brasil precisa prosseguir seu caminho em direção ao futuro sempre com a lição dos nosso antepassados. Somos um povo formado a partir das misturas e temos a tolerância como sinal marcante.
Deixamos de lado as soluções que negam essa nossa bela história e brademos os versos:
"Eles se amam de qualquer maneira a vera
Eles se amam é pra vida inteira a vera
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar"