O Governador Simão Jatene elaborou as portas fechadas uma reforma administrativa do estado que muda tudo, mas não muda nada. Dá a impressão de mudanças, mas todos vão perceber que é apenas a arrumação de cozinha sem mudar o cozinheiro e os temperos. Parece um mascate arrumando as mercadorias sem mudar a loja.
O que o Jatene acaba sempre fazendo é aproximar sua cadeira da máquina registradora para pegar todo o dinheiro novo que entrar no cofre. A estratégia é uma só, aumentar a capacidade de contratar coisas novas, com maior volume de dinheiro, negócios que serão feitos diretamente pelo dono da bodega.
Olhando a proposta que foi para Assembléia Legislativa, percebe-se que Jatene não está interessado em melhorar o serviço público estadual para servir ao povo. O que ele quer é dinheiro novo, apenas e tão somente isso.
Um exemplo é taxa de fiscalização do uso dos recursos hídricos, TFRH. A proposta cria um nova fonte de arrecadação desvinculada para poder gastar a vontade. O projeto não tem uma só preocupação com o meio ambiente e com a defesa dos recursos naturais, não prevê comitês de bacias, não respeita o Plano Nacional de Recursos Hídricos. Nada. Apenas um fonte de arrecadação nova.
Outra mudança é o Fundo Estadual de Meio Ambiente, mudou para permitir gastar o dinheiro arrecadado com o meio ambiente livremente, sem as amarras do controle social, feito através do COEMA.
Na mesma esteira, vem o caso da CEASA, Jatene vai repassá-la ao município de Belém, se livrar dos custos e destruí-la de uma vez por todas, ou vocês acham que Belém, que não cuida das suas feiras, vai cuidar de uma Central de Abastecimentos? Extingue, funde, cria cargos, departamentos secretarias, sem alterar nada na essência, sem uma participação da sociedade, sem permitir aos seus aliados a expressão de uma única idéia nova, um gênio da enrolação.
Jatene sempre canta a mesma música. Sempre. Em qualquer recepção, está lá o cantor de uma só melodia, mas canta de um jeito que parece uma nova canção de Jorge Vercillio, apenas os áulicos, que alias não são poucos, aplaudem.