O advogado Cézar Ramos, um dos ocupantes do veículo dirigido pela esposa do delegado Eder Mauro, que sofreu um atentado na Alça Viária, quando retornavam de um júri popular em Abaetetuba, esteve na sessão pública promovida, hoje, 19.12, pela OAB Pará, com a presença do presidente Marcus Vinicius Furtado Coêlho, do vice-presidente Cláudio Pacheco Prates Lamachia, na ocasião denunciou a existência de grupo de extermínio funcionando dentro da PM do Pará.
Os advogados foram alvejados e só não morreram porque estavam em um carro blindado. As investigações apontaram com autores do atentado três PMs, integrantes de um grupo de extermínio que atua em toda a região do Baixo-tocantins. Mesmo identificado, os PMS continuam solto e até propuseram as vítimas um acordo, pelo qual eles encontrariam três bandidos para assumir o atentado no lugar deles, para dar por encerrado o caso.
O advogado César Ramos pede que o julgamento do crime seja desaforado, uma vez que o juiz de Abaetetuba teme por sua vida e não terá coragem de decretar a prisão dos envolvidos, muito menos julgar o caso.
As evidências de ação de grupos de extermínios no Pará estão mais do que claras. As execuções de pessoas todos os dias, são a prova da existência de tais grupos.
Até aqui suspeitava-se que eram pistoleiros pagos pelo tráfico. Com o relato do advogado e de outras pessoas presentes na sessão da OAB, dando conta inclusive de que o Comando da PM do Pará teme tais grupos, requer uma investigação urgente, com apoio de Força Federal, para desvendar a existência deles e prender e levar a julgamento os seus integrantes, devolvendo ao povo uma polícia republicana cumpridora das leis.