Achei essa história esquisita. Não pelo delegado Eder Mauro que é um excelente profissional. Mas pelo contexto que reflete a violência real invadindo o imaginário de uma criança de 05 anos.
Muitas crianças escolhem heróis para admirar. Eu escolhi os meus. Todos eram ficção criada pelos roteiristas e escritores para nos fazer aprender diferenciar o bem, do mal e torcer pelo bem. Essa criança do Parque Verde, não. O seu herói existe tanto quanto a violência do seu mundo. Tudo é muito real.
Os políticos com mandato devem estar se doendo de inveja, pois hoje não são heróis de ninguém. Seus familiares e amigos, evitam falar que com eles tem relação para escapar da saraivada de críticas que a simples menção de seus nomes pode provocar.
A criancinha do Parque Verde vive num mundo de violência e seu herói é um delegado. Quem o que incutiu essa admiração na cabeça da menina do Parque Verde? Foram os pais? Os vizinhos? A televisão? O meio onde vive? Não sei. Apenas sei que os bandidos estão vencendo e isso pode fazê-la mudar de lado. Cuidemos enquanto ainda tempo.
Nos morros cariocas as crianças, cansadas de ver o mal triunfar e sem qualquer sinal de que um futuro onde bem vence, começaram a ter como heróis os traficantes com seus cordões, sua festas de bebidas e muitas mulheres, suas escopetas, granadas e sub-metraladoras.
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