O que está por trás da guerra do "Jogo do Bicho"

O Jogo do Bicho bem que podia ser legalizado e controlado pelo governo. Resultado seria transparência.  A renda geraria imposto. Os cambistas teriam seus direitos reconhecidos. Parece que não há interesses nesta legalização.

Os governos estaduais agem como CUBA com suas prostitutas, tolera. E vez por outra, por razões desconhecidas, realiza operações para fazer um balanço de quanto a atividade está movimentando financeiramente e quais os envolvimentos com as instâncias de poder.

Uma dessas operações foi posta em prática na semana passada aqui no Pará e prendeu 70 pessoas. Descobriu que o jogo do bicho sofisticou-se e passou a utilizar-se de máquinas no lugar do papel da pules e que o negócio movimenta mais de um milhão por dia.

A operação foi bem sucedida e aconteceu logo após o falecimento de João Bosco Moisés, dono da antiga banca JB e que durante muitos anos bancou a paz entre os operadores do jogo.

Muitas perguntas, porém, ficaram sem respostas depois da operação. Vamos a elas.

1. O que motivou a policia do Pará, depois de tantos anos de tolerância, investigar o jogo do bicho?
2. Por que não divulgaram o nome das pessoas presas?
3. A operação atingiu todas as bancas ou apenas a banca do Luis Drumond?
4. A determinação do Governador Simão Jatene é acabar com a atividade ou apenas fazer um balanço dos ganhos e mapear os envolvidos na atividade para depois liberá-los?
5. A investigação tem interesse público ou foi motivada por disputas internas entre os operadores?
6. Será que nas investigações apareceram nome de políticos com mandato?

Bosco Moises era meu amigo. Gostava da sua sinceridade com as coisas do mundo, principalmente do mundo da política. Bosco exercia uma grande liderança e com ele debatia muitas vezes sobre a legalização da atividade. Outro dia, depois que souber do resultado das investigações, volto a abordar o tema.

 

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