Encerra neste final de setembro e inicio de outubro, o prazo de filiação para quem deseja disputar um cargo eletivo. É nesta hora que os tubarões da política atacam, tentando seduzir pessoas de bem, com propostas mirabolantes.
Governadores se movimentam e apresentam obras, algumas inacabadas, tentando impressionar os incautos. Prometem convênios, empregos temporários, cargos comissionados, contratos de obras públicas, apoio aos prefeitos, tudo para fazer crer que estão fortes, podem ajudar na campanha e serão os preferidos das urnas.
Muita gente boa cai no golpe e muda de partido ou de lado. Depois que o prazo eleitoral fatal passa, o pano cai, as mascaras são retiradas, a opera se encerra, as luzes se acendem e o incauto descobre que participou de uma grande encenação. Foi mais um a cair no golpe que tantos já caíram. O preço é a perda de mandato ou de credibilidade, duas moedas muito importante para quem deseja continuar no mundo da política.
Na semana seguinte, após o prazo eleitoral, é a semana do círio, no governo não se atende candidatos. Depois, encerra-se os prazos para novas despesas publicas. Paga-se só as que foram empenhadas. Dezembro é um mês impróprio para atender pretendes a benefícios do poder com intuito eleitoral. Encerra-se o ano.
Em 2014, logo em janeiro, o incauto se avista desesperado com uma autoridade e cobra o apoio prometido. Recebe como resposta que se as coisas não foram feitas antes do Natal, só depois do carnaval. Chega março, abril... é uma loucura, logo os prazos para empenhar e contratar estarão encerrados e nada do que foi prometido aconteceu. O esperto descobre em fim que a esperteza não lhe pertencia.