O PartidoVerde quer disputar o governo do estado do Pará e estará propondo, dentre outros assuntos, criar mais dois gabinetes de despacho do governador, com a mesma estrutura e um coordenador por gabinete, uma espécie de chefe de gabinete com poder de coordenar as principais ações de governo na região.
Um gabinete será o de Belém, outro o de Marabá e o terceiro o de Santarém. Nesses gabinetes, o governador despachara um semana por mês. É simbólico, é. Mas é um jeito novo de governar, bem mais próximo das pessoas, dos problemas e das regiões.
Chamamos provisoriamente esse programa de "Mais Pará e menos Belém". Não vamos ficar com esse título, queremos outro, esse título pode dar margem à má fé, dirão os maus intencionados que vamos abandonar Belém e, com isso, quererão jogar a massa de eleitores que moram na região metropolitana contra o PV. Mas a idéia é esse, inverter a lógica histórica que concentra tudo na capital, esquecendo do resto do estado.
A elite dirigente do Pará sempre agiu com atitudes colonialista com o resto do estado. Acontece que a a realidade hoje impõe mudanças. Não dá mais para ir aos municípios extrair as riquezas e trazer o resultado de tudo para a capital. Ninguém aceita. As pessoas que adotaram o Pará como seu estado querem ser reconhecidos como empreendedores, como cidadãos e receber os benefícios pelos impostos e riquezas que geram com o esforço do trabalho.
Tem gente rica, elite, frequentadora das colunas sociais dos jornais da capital que conhece Miami como a palma da mão, mas não sabe que em Parauapebas, Redenção, Tucumã, Santarém, Juruti, Monte Alegre, Novo Progresso, Itaituba, Altamira, tem gente empreendo, progredindo, construindo, mesmo com a ausência do Estado.
Quem passa uma semana num desses municípios percebe que nem as noticias de Belém chegam lá. Como as noticias deles não chega em Belém. Os filhos dos produtores da Região de Carajás estudam em Goiânia, em Minas Gerais, no Paraná. Os de Novo Progresso vão para o Mato Grosso. Os de Juruti preferem se relacionar com Manaus.
Temos talentos e pessoas com outros áreas de cidadania vivendo nessas áreas. Essas pessoas não aceitam, e com razão, o tipo de política que se pratica aqui na Capital. Os governos e os políticos são sempre muito distantes, como é distante o serviço de saúde, de educação, as estradas e outros serviços básicos escenciais. Um pessoa vai implantar uma panificadora e precisa de uma licença ambiental, para obte-la, precisará viajar até Belém e procurar a sede da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Um tormento.
O Estado, através do governador e de um novo jeito de governar, deve mudar e buscar a aproximação e a participação de todos os paraenses. Afinal de contas, a gente só cuida do que está próximo. O governo tem que ser mais Pará e menos Belém.