O lixão do Aurá vai será encerrado em agosto de 2014 e até agora os dois mil catadores que trabalham separando material reciclado e evitando danos ambientais, não sabem qual será o futuro dessa atividade. A prefeitura lançou um edital para contratar a empresa que vai encerrá-lo, mas o edital não contempla os catadores, a coleta seletiva e as atividades de reciclagem.
Os catadores esperar que o Prefeito Zenaldo Coutinho refaça o edital e inclua as reivindicações que já é do conhecimento público, pois foi entregue ao prefeito em reunião no ano passado no centro de triagem dos catadores.
São duas mil pessoas que alimentam outras tantas com a venda dos produtos retirados do lixão. Vidro, metal, plásticos e papel, descartados pelas pessoas, são retirados do lixo, separados, classificados e vendidos. A indústria adquiri os produtos e os reutiliza no processo produtivo, deixando de sacar matéria prima da natureza.
Se o lixão fechar e a Prefeitura não criar o sistema de coleta seletiva, incorporando o catador, todos perdemos. Perdem os cidadãos e o meio ambiente, pois esse material todo que poderia ser reaproveitada será jogado na natureza. Os dois mil catadores que hoje tiram seu sustento do lixo, sem poder trabalhar, passaram a depender de programas sociais. E a indústria de reciclados ficará sem matéria prima essencial.
O catadores sabem que devem e querem sair de cima do lixão. Ali não é um local digno para abrigar trabalhadores e trabalhadoras. Mas querem continuar com a atividade de reciclagem em galpões apropriados e com a coleta seletiva. Tenho certeza que a sociedade estará disposta a colaborar.
Se a prefeitura insistir em não atender os catadores, vamos, infelizmente, ter muitos problemas. Mas confio na sensibilidade do prefeito Zenaldo Coutinho.
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