A Alpa, Aços Laminados do Pará S/A, projeto de verticalização mineral tão sonhado pelo povo do estado e anunciado com pompa e circunstância está a caminho de mais uma gaveta da poderosa Vale do Rio Doce. Será mais uma das promessas a se juntar as casas populares propostas para conter uma crise entre o Governo e a Companhia.
Muitas empresas investiram em Marabá a espera da ALPA, e agora?
Tem um caso emblemático de um empresário local que vendeu uma área de terra na região da ALPA. Recebeu o dinheiro da venda. Somou o dinheiro da venda das terras a um empréstimo e fez um vultosos investimento, acreditando na Vale do Rio Doce. Hoje, o empresário acumula um prejuízo de mais de 50 milhões.
As pessoas que acreditaram na ALPA como a possibilidade emprego e migram para Marabá amargam o desemprego ou o emprego informal. Casas populares, loteamentos e tantos outros negócios estão por lá a espera de uma solução.
Não é a primeira vez que um grande projeto promete desenvolvimento para o povo do Pará e não cumpre. Não é primeira vez que a Vale anuncia um investimento aqui e não o torna realidade. Lembrem-se das 30 mil casas populares que até hoje não foram construídas.
A Vale, a Eletronorte, a Agropalma, a JBS, não se instalam por aqui sem antes passar por rodadas de negociações. De uma lado eles e de outro o Pará através dos representantes eleitos. Assim é que funcionam as negociações.
O lado da mesa onde sentam os representantes de JARI, ALBRAS, AGROPALMA, HIDRLÉTRICA DE TUCURUÍ, BELO MONTE, ALPA, SERRA SUL, e tantos outros grandes projetos empresariais tem sido competente, ganhando todas.
O nosso lado, o lado do povo paraense, parece que não tem se saído bem nessas negociações. O prato da balança não tem pendido para o nosso lado, infelizmente.