Belém tem dez assassinatos em 12 horas. É a manchete de hoje do Diário do Pará. Na mesma página o Jornal publicou um foto do beijaço que a cantora Daniela Mercury deu em sua esposa durante a passeata "orgulho gay" na Avenida Paulista.
Ao ler a manchete e ver a imagem, lembrei-me de um dialogo que entabulei com um líder religioso de uma igreja evangélica.
- Pastor, com está o trabalho ambiental da sua Igreja? - perguntei;
- Ah, Seu Zé, está parado. Nossa prioridade é o trabalho com as famílias. As famílias estão desestruturadas - disse o homem da religião;
- Realmente temos muitos jovens desamparados e jogados no mundo do crime e a causa, muitas vezes, está na ausência de uma família estruturada - concordei;
- As famílias estão degenerando com tantos incentivos ao homossexualismo - disse o Pastor;
- Pastor, acredito que as famílias que estão com problemas são as heteros - Dai por diante, fiz foi um discurso contra a tese do Pastor. acho que até exagerei um pouco.
As pessoas são levadas a tomar atitudes baseadas em seus preconceitos estimulados por dados e informações falsas. Muito embora as noticiais sejam abundantes na imprensa e rede sociais, os casais homossexuais são a minoria da nossa sociedade.
O problema da violência está diretamente ligada a desestruturação de famílias heterossexuais. Pais e mães chamados "normais" estão deixando seus filhos nas ruas, entregues aos traficantes. Pais e mães estão abandonando seu papel e a responsabilidade de criar - e criar bem - os filhos. Jogam a responsabilidade nas mãos do Estado, este ser jurídico fictício e incompetente, que por seu turno deveria criar programas de inclusão para juventude, mas oferece é cadeias fétidas e dominadas pelos chefes do tráfico.
- Pastor, continue fazendo o trabalho com as famílias, mas com todas as famílias, em especial as heteros.
- Obrigado, seu Zé, o senhor tem razão. É que a gente fica meio zonzo quando estes gays mexem com o Marco Feliciano que até esquecemos de pensar antes de agir.