A categoria, cansada de ser explorada por donos de hospitais que se negam a negociar melhores condições de trabalho e salário, resolveram decretar greve e os dirigentes foram para a porta dos dois hospitais, Porto Dias e Adventistas de Belém, conversar com os trabalhadores sobre a paralisação.
Lá, encontraram, para surpresa geral, um enorme quantidade de policias do ROTAM e da DIOE, fortemente armados, com ordem expressa de proteger os patrões e intimidar os sindicalistas. Passaram a criar condições para atuar violentamente contra os trabalhadores, culminando com a ilegal voz de prisão de Zé Francisco, dos membros do comando de greve e do carro-som do sindicato, todos foram levados direto para delegacia e lá tiveram que prestar depoimento.
As prisões do sindicalistas, em plena democracia, são absurdas e violam o livre exercício do direito de organização e greve. O governador Simão Jatene, para mostrar que não comunga com esta prática, precisa abrir imediata investigação para punir os polícias que violaram o direito dos sindicalistas de lutarem legitimamente em favor dos trabalhadores.
O Porto Dias e o Adventista de Belém tratam muito mal seus trabalhadores e se recusam a negociar uma saída para o impasse, mas a solução deve ser encontrada por eles e não com a força policial sendo utilizada para intimidar sindicalistas, cuja arma é a palavra através do carro-som que também foi preso.