Devolvam nossas riquezas ou deixaremos de ser o sentinela do norte do Brasil


A presidente Dilma vetou a lei do royalties do petróleo e prejudicou o Pará. Proponho que façamos o mesmo que os cariocas, um ato público pedindo a compensação pelas riquezas que o Pará dá de graça ao Brasil. Vocês topam?

Nós paraenses precisamos aprender com o Rio de Janeiro, eles são brasileiros, mas nem tanto. Somos os sentinelas do norte brasileiro, conforme apregoado no nosso hino, só que de graça.

Quando os interesses dos cariocas estão em  jogo, como no caso da distribuição do royallties do petróleo com os demais estados, conforme decidido pelo Congresso Nacional, eles se mobilizam, unem cariocas da gema e adotados, vão as ruas até conseguir protestar pelos seus interesses.

O protesto deu certo ao ponto de obrigar a presidenta Dilma vetar a lei prejudicando todos os outros estados.

O Pará tem riquezas minerais, na sua maioria explorada pela Vale do Rio Doce, cuja sede é no Rio de Janeiro, mas não pode cobrar imposto sobre estes produtos, motivo: o Pará deve coloborar com o esforço exportador brasileiro e a provocar saldo na balança comercial.

O Pará é de novo um grande produtor de energia hidrelétrica. A maior parte da energia aqui produzida vai abastecer os outros estados, ficando para nós apenas as barragens dos rios e a maior taxa de luz do país, pois de novo o Pará não pode cobrar imposto da energia exportada por causa de uma Lei Federal, que nunca foi vetada, feita por um deputado da bancada paulista, de nome Kandir.

O nosso Estado tem riquezas naturais em seu solo e subsolo, diferente do Rio de Janeiro, pois lá o petróleo não nasce. O Petróleo que o Rio de Janeiro alega ser dele brota na plataforma continental e a plataforma continental, área de mar compreendida entre as 12 e as 200 milhas, segundo a Constituição Federal, é de propriedade da União. Por tanto, tudo que for encontrada ali pertence a todos os brasileiros.

Estamos sendo aviltados e não podemos nos calar. Proponho uma reação imediata. Vamos para as ruas brigar pelos direitos dos paraenses.

As federações de patrões e empregados; as centrais sindicais; os dirigentes políticos; as nossas celebridades como Gaby Amaranthos, Lyoto Machida, Paulo Henrique Ganso; os clubes de futebol; os clubes de serviços; as igrejas; os integrantes da intelectualidade; partidos políticos; todos devem ajudar a preparar um grande ato dos paraenses para dizer que não estamos mais dispostos a contribuir com o Brasil sem a reciprocidade devida.

Simão Jatene, Jader Barbalho, Paulo Rocha. Os ex-governadores Jarbas Passarinho, Alacid Nunes, Carlos Santos, Almir Gabriel e Ana Júlia. Tem obrigação de organizar esta demonstração de força da nação paraense. Precisamos, mais do que nunca, da tão falada união pelo Pará e gritarmos juntos: Devolvam nossas riquezas ou deixaremos de ser o sentinela do norte do Brasil.


 

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