O Fim da Corrupção é a principal bandeira

Eles ficam dizendo:

- estas manifestações não tem bandeira, não tem propósitos.

Claro que tem.

Todos que estão nas ruas, nas praças, em muitas cidades, país a fora. Tem uma bandeira em comum.

O fim da corrupção.

Dá para vocês entenderem que ninguém agüenta pagar tanto imposto e não ter serviço público e com qualidade?

Nós, o povo brasileiro, sabemos que o problema não é falta de dinheiro. É falta de vergonha na cara.

As empreiteiras que estão rachando de ganhar dinheiro em Belo Monte, são as mesmas que construíram os caríssimos estadios para a copa.

A corrupção está por todos os cantos da administração pública fazendo fortunas e deixando o povo sem saúde, sem educação, sem segurança pública, sem estradas…

Senador Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, o que o senhor esta achando das passeatas, elas têm ou não têm bandeiras?

O povo nas ruas, faz história e dá lições. Aprendam!


Foto: UOL

Onde está tudo aquilo agora?* 



O que aconteceu, da forma como aconteceu e na dimensão em que aconteceu, não foi previsto por ninguém da política. Ninguém. 

As pessoas foram as ruas protestar contra um aumento de R$ 0,20 no preço da passagem de ônibus em São Paulo. Nem elas, do Movimento Passe Livre, que começaram tudo, tinham a noção que havia uma insatisfação generalizada instalada na garganta e no coração do povo brasileiro. A insatisfação estava espalhada num outro mundo não real, o mundo virtual conectado através das redes sociais.

Durante algum tempo, pessoas comuns do povo, com seus smartphone, notebook e tablet, vinham expressando o descontentamento com a política, com os partidos, com os governos, com as instituições, com as obras da copa, com o mensalão, com os acordos políticos escusos, com o código florestal, com belo monte, com as causas indígenas, com a falta de serviços públicos, com a mudança de postura dos partidos de esquerda, com a violência urbana, com os congestionamentos, com ausência de transporte público de qualidade, em fim, com a corrupção que tomou conta do país. 

Estas insatisfações represadas, romperam as barragens com uma gota, gerada pela violência com que a polícia militar de São Paulo tratou as pessoas que se manifestavam contra o aumento na passagem do ônibus, quase no mesmo momento que o Brasil inaugurava caríssimos estádios de futebol para a copa das confederações. 

No jogo de abertura do evento esportivo, as vaias à presidenta Dilma Rousseff era um importante sinal, que foi jogado para debaixo do tapete, escondido pela mídia financiada pela farra da FIFA e das propagandas de cerveja.

Enquanto as autoridades, as instituições e os partidos políticos viravam às costas e fechavam os ouvidos para a sociedade, milhões de frequentadores das redes sociais, durante muito tempo, em assembléia geral permanente, debatiam e passavam o Brasil a limpo, até encontrar o caminho das ruas, para, fisicamente, levantar um conjunto de questões absolutamente inaceitáveis pela ética coletiva. 

As Redes sociais, em certos aspectos, funcionaram com um só partido político sem dono e sem tempo para acontecer. Aconteceu porque as vontades convergiram para uma forma de expressão coletiva consensual, inaugurada pelos paulistas. 

No dia 17.06, dia histórico, de forma pacifica, um número bastante significativo de brasileiros foi as ruas substituindo o feed de noticias por cartazes que expressaram a insatisfação, deslegitimando seus representantes. Um sinal comum em todas as manifestações foi a rejeição a partidos políticos.  Quem mais sofreu com a rejeição, foram os partidos de esquerda, em especial o Partido dos Trabalhadores e seus aliados. O PCdoB, em plena fervor dos acontecimentos, divulgou propaganda eleitoral em horário gratuito se auto-denominando o partido da copa.

Será que a sociedade brasileira pode, com este sinal, estar a questionar a nossa democracia enquanto uma democracia de partidos, cujo sistema institucional não mais representa a sua vontade? 

Os partidos e os políticos não perceberam os sinais da sociedade porque estavam muito ocupados com os seus próprios futuros, deixaram de ouvi-la ou continuaram ouvindo por meios não legítimos. 

Muitos partidos de esquerda, alguns de extrema boa-fé, lutadores de outras batalhas, organizadores e dirigentes de passeatas foram surpreendidos com a rejeição a suas bandeiras e por ter sido barrados pelos manifestantes. 

Neste momento, devem estar se perguntando: onde está tudo aquilo agora? 

Tudo o que estava nos manuais da velha esquerda falharam e não servem mais para o atual estágio da sociedade.

O que aconteceu pode estar à apontar para um embrião de um novo tipo de democracia, onde a representação da sociedade admite os partidos, mas exige à criação de espaços consolidados para a manifestação da vontade dos cidadãos, por via de instrumentos de consultas modernos e constantes como as redes virtuais.

O povo deu lições. Aprendam.

* Onde está tudo aquilo agora? é o titulo do mais recente livro de Fernando Gabeira

Prefeito de Tomé-açu será cassado?

A primeira punição do prefeito de Tomé-açu, Carlos Vinicius, acusado de mandante do assassinato do advogado Jorge Pimentel e do empresário Luciano Capacio, pode acontecer e está mais perto que a sua captura por parte da Policia Civil e Militar do Pará.

Ele pode ter o mandato cassado pela Câmara Municipal, que acatou o pedido de abertura de processo e constituiu a comissão para este fim. Os vereadores Itzó, Gedeão Júnior e Aurenice são os que podem mudar o destino de Tomé-açu.

As manifestações por um Brasil melhor


Acompanhado por dirigentes do PV paraense e dos meus filhos, fui a passeata aqui em Belém.

Caminhei todo o trajeto ouvindo os gritos, as palavras de ordem e lendo os cartazes. Fiquei muito feliz com a reação do povo contra a corrupção, a velha forma de política, aos homofóbicos, os discriminadores, a pobreza, a insegurança, aos engarrafamentos...

Os partidos políticos oportunistas foram repudiados durante a manifestação. Isto não quis dizer uma despolitização ou apartidarismo. Apenas eles não queria ser usados. Quem tivesse um motivo para protestar era aceito e pronto.

Apenas escrevi para dizer que apoio tudo o que aconteceu e estarei presente na rede social e nas ruas com todos os brasileiros indignados e contra os abusos.

Como dizem os manifestantes: não é por vinte centavos, é por direito.

O movimento não é por centavos



Hoje, participei da manifestação em Belém. Nunca pensei que ia presenciar este momento no Brasil. Jovem, com cartazes, com frases políticas, num movimento completamente pacíficio, disseram para o país que nunca mais vão aceitar que a classe política e dirigente continue a praticar desmandos e corrupção.

A manifestação repudiou a presença de partidos políticos. Os manifestantes insistiam em declarar que não se sentiam representados por nem um dos partidos e nem políticos. Tomei um choque inicial com tanta veemência deles em relação as instituições partidárias. Ele diziam que os partidos, todos, são oportunistas e usam as manifestações para promover seus acordos ou usar em propagandas atrás de votos, sem merecê-los.

O movimento colocou em cheque o poder instituindo no Brasil. As palavras de ordens não deixaram dúvidas: "resistência se tornou um dever".

Foram muitos anos de abusos que agora explodiram nas redes e depois nas ruas. Corrupção e ineficiência no trato da coisa pública não serão mais suportadas, avisaram os novos caras pintadas. Estádios de futebol caríssimos enquanto o povo não tem hospitais, nem escolas e muito menos boas estradas.

Tudo começou por causa de vinte centavos de reajuste na passagem de ônibus, mas foi a gota d'água para lutar por direitos violados e abusados.

Fui deputado do PT, naquela época, o PT é que organizava as manifestações e só os partidos de esquerda participavam. Outros partidos, tidos como de direita, eram banidos das manifestações. Os partidos tradicionais continuam banidos, mas agora os manifestantes botaram para fora os partidos de um modo geral.

Sei que muita gente, integrante dos partidos banidos, está, neste momento, chamando os manifestantes de direita ou despolitizados. Isto não resolverá o problema. Uma autocrítica sincera é o melhor caminho.





Jatene será candidato?

Tenho ouvido muitas pessoas da política perguntarem se Simão Jatene será candidato a reeleição em 2014. Sinceramente, não acredito que seja esta uma grande preocupação para quem faz política com seriedade. Vou explicar porque penso assim.

Alguns dizem que ele não tem saúde para uma nova campanha. Outros enxergam na indicação de Sergio Leão à conselheiro do Tribunal de Contas um sinal decisivo de que Jatene está fora do jogo político.

Jatene é quem decidirá se será ou não candidato. Ele tem direito de ser, pois no Brasil a legislação permite  a reeleição. Se quiser, pode disputar um novo mandato e pronto. Ninguém tem controle sobre esta decisão a não ser ele mesmo. Então, por que se preocupar com algo que não depende de vocês?

É bom que Jatene seja candidato, isto dará oportunidade ao povo de julgar seus 04 anos de mandato e os 16 anos do PSDB a frente do destino do nosso estado. Se ele desistir, empobrecerá o processo eleitoral, o que não é bom para democracia.

Alias, nem será bom para o PSDB. Se Jatene sair, o Partido que enfrentará uma forte disputa interna pelo comando da legenda, disputa essa que vem sendo postergada pela habilidade política do Governador.

16 anos é pouco em democracias antigas como as européias, mas é muito para democracias recentes como a nossa. O que foi que mudou no rumo desenvolvimentista do Pará nestes muitíssimos anos de governo tucano?

Nestes 16 anos, queimamos quanto das nossas reservas minerais? Exportamos muitas riquezas. Vendemos madeiras, ferro, ouro, alumínio, energia, boi, floresta. Todos bens valiosos, muitos dos quais esgotáveis.

E, nós, os paraenses, ficamos aqui com que saldo?

Será que as soluções apresentadas pelos tucanos para segurança, educação saúde, distribuição de riquezas foram suficientes para que a felicidade chegasse a todos as pessoas daqui?

Espero que Jatene seja candidato e todos os partidos que tem projeto de Pará, também lancem suas candidatura.

Os eleitores merecem ter alternativas de nomes e opções de projetos políticos para escolher.

A verdade sobre o Pará

Participei de um debate da programação "Cinema pela verdade" na Universidade Federal do Pará. O filme "Eu me lembro", do cineasta Luiz fernando Lobo, enfocou o depoimento de pessoas anistiadas pela comissão e que sofreram torturas durante o Golpe Militar.

Depois, eu, Paulo Rabelo, Pere Petit e Mário Médice, debatemos um pouco sobre o tema. Os colegas falando ali, depois veio a contribuição do Valter Pinheiro e dos estudantes, estes bem jovens.

Enquanto todos falavam sobre tortura, ditadura e prisões, fiquei lembrando de como este episódio se passou aqui no Pará e quando penso nisso sempre tenho a sensação de nossa história está muito mal contada.

A ditadura derrotou os baratistas e se aliou com a turma do marechal Zacharias de Assunção. Anos depois, derrotamos a ditadura e quem chegou ao poder foram os baratistas. Tanto um grupo quanto outro sempre representou a nossa elite paraense. Será que não existe aqui pessoas do povo com capacidade de fazer uma terceira força política em prol da maioria?

Loteamentos, prédios em orla, derrubadas de morros, fim de nascentes. Tudo contra a lei

Meu artigo da semana publicado no Estado do Tapajós aborda a falta de cumprimento da lei federal denominada de "Código Florestal" na liberação de loteamentos que proliferam no Pará, impulsionados pela onda de novos projetos. Leia...


Plano de segurança: carro, moto e cavalo

Caro governador Simão Jatene, desculpe antecipadamente, mas eu não acredito no seu plano de segurança baseado em carros, motos, cavalos e premiação por arma apreendida. Quem sou eu para discordar do Senhor.

O Senhor tem muito mais informações, experiências e competências para compor um plano de segurança, só não entendo é porque não faz o que tem que ser feito.

Vou lhe mostrar onde estão minhas discordâncias e espero que o Senhor aceite criticas, afinal é um professor de economia, acostumados as mudanças de cenários e a opiniões contrárias.

Impunidade

O Pará é uma terra de impunidade. Aqui as pessoas roubam dinheiro público, roubam terra, assassinam, mas também param em fila dupla, dirigem bêbados, andam armados, vendem bagulho, Cd's piratas e nada acontece. Jarbas Vasconcelos tem dito que o Estado deve adotar tolerância zero com o crime. E isto não significa cometer violências, apenas aplicar a lei.

Veja, Governador, o caso do advogado Jorge Pimentel, morto por pistoleiros. Sua polícia investigou, fez um belo trabalho, concluiu encontrando os pistoleiros e apontando os mandantes. Cade os mandantes? Fugiram. A Policia sabe quem facilitou a fuga deles, tem pistas fortes. O Senhor tem estas informações. Os mandantes, porém, Doutor Jatene, estão foragidos e nada acontece.

A impunidade precisa acabar.

Jovens, negros e de periferia são criminosos e vítimas

Os dados da SUSIPE e da Policia Civil sobre crimes são elucidativos, Dr. Jatene. Eu, um simples advogado e presidente de uma comissão da OAB, tive acesso a eles. Creio que o Senhor os tem. Se não tiver, peça para os seus auxiliares. Depois, dr. Jatene, chame uns técnicos e estude os números. O Senhor vai ver que eles falam.

De lá extraí-se que a maioria dos crimes estão ligados ao tráfico de drogas. Os traficantes usam a mesma técnica da Natura, desculpem, não vendem em loja, distribuem a droga em pequenas quantidades, fazendo um varejão na periferia. Quando o pequeno vendedor não paga as petecas que pegou para vender, eles matam para impor o terror. O vendedor, quando se transforma em usuário, fuma ou cheira o que tinha que vender, não apura a grana, fica endividado, resultado, ou morre, ou vai assaltar para pagar o que deve, não tem outra alternativa.

Dr. Jatene, chame no seu gabinete as senhoras que trabalham nas revistas em dia de visita aos presídios. Faça por amostragem. O Senhor vai ver o que a droga é capaz de fazer. Senhoras de idade, mães devotadas viram mula para passar drogas, celulares, serras para dentro do presídio, tudo para ajudar o filho a não morre na mão dos chefes do tráfico que dominam as casas penais do Pará.

O tráfico atinge as pessoas pobres. Quanto mais polícia, mais carros, mais motocicletas, mais cavalos, mais pobres, pretos de periferias serão presos, não tenho dúvida disso. O Senhor terá números para mostrar na Tevê, números de vítimas nesta guerra suja. Mas isto não significará segurança pública.

Interferência política nas máquina pública

O Senhor sabia que os cargos de nomeação ou indicação continuam sendo entregues a deputados sua base, que por seu turno entregam a políticos locais, muitos deles envolvidos com crimes? Pois é. Isto acontece e tem que parar de acontecer. Limpe a máquina da influência nefasta e valorize os melhores profissionais.

Programas sociais arrojados

Agregue aos carros, motos e cavalos. Um programa de tolerância zero, junto com arrojados programas sociais e econômicos.

Aqui vão algumas idéias:

1. Determine a Fundação Carlos Gomes que contrate músicos para levar muita música as escolas públicas. Jovens pobres querem alternativas decentes e a música de qualidade ajuda a cultura de paz.

2. Aproveite que o Marcos Eiró deixou a SEEL e mude tudo por lá. No ano passado ele gastou o dinheiro da Secretaria estimulando porrada e mais violência. Crie grandes centros esportivos nas periferias das grandes cidades. Estimule esportes coletivos para juventude. O esporte é integrador;

3. Faça programas para as famílias pobres. Psicólogos, assistentes sociais e economistas, juntos poderiam assistir os pais e mães a encontrarem saídas econômicas e sociais para tornar as famílias mais integradas;

4. Chame o SENAI como parceiro para fazer cursos profissionalizantes com a juventude. Mas é programa de grande quantidade. Não estas mixarias que estão em curso. Os projetos de hidrelétricas, minerais e agrícolas estão chegando aqui e recrutando gente de fora do Estado por ausência de mão de obra qualificada.

5. Use os R$ 300 milhões da taxa mineral, muito bem pensada pelo dr. Helenison Ponte, é um dinheiro novo. Invista em programas para abraçar com carinho o povo carente do nosso Estado.

Eu não sou seu inimigo e muito menos seu adversário. Não quero seu cargo de governador e nem tenho votos para querer.

Apenas, Governador, apresento críticas, porque sei que os seus puxa-sacos nunca lhe dizem o que o Senhor precisa ouvir. Para eles, o Senhor é o maior e nunca erra. O Senhor também, com a malícia de muitos anos de praia, cria uma aura de infalibilidade que deixa-os constrangidos.

Por favor, escute um pouco outras vozes.  Minhas críticas são sinceras e meu desespero também. Quero é que o Pará deixe de matar seus jovens, prendê-los ou entregá-los nas mãos dos traficantes. Creio que o Senhor pode fazer muito.


P.S.:  Acredito que os puxa-sacos, por motivos óbvios, desta vez não vão levar meu post para o Jatene. Peguem o que está escrito, rescrevam, assinem como autor e levem ao Governador. Eu não me importo.

O Pará voltou a liderar o ranking de desmatamento na Amazônia

No "Bom dia Brasil", jornal eletrônico da Rede Globo, Jalilia Messias, repórter da TV Liberal, confirma que o Pará foi novamente o campeão de desmatamento na Amazônia. Das 48 cidades que mais desmataram, 16 estão no Pará.

O Governo do Estado, infelizmente, vem perdendo muitas guerras que se propôs em palanque e no programa "Pacto pelo Pará". Desejaria estar aqui hoje comemorando vitórias, pois quando o Governo perde, quem perde somos nós, o povo; isto não é bom para ninguém.

Para diminuir o desmatamento, o Estado investiu muito no "Programa Município Verde", que é uma boa iniciativa, mas que precisa admitir que partiu da pergunta errada: Se Paragominas, campeão de desmatamento e assassinatos no campo, virou município verde outros municípios podem alcançar o mesmo status?

A experiência de Paragominas, está provado, não serve para o resto do Pará.

Paragominas, primeiro desmatou tudo que podia, e só depois, quando sua cobertura florestal originária estava em baixo, derrubada e transformada em fortunas individuais, muitas delas feitas no cano da espingarda e do revólver 38, com apoio de exímios pistoleiros a manejá-los, e que a economia chegou a uma encruzilhada, começando a corroer a poupança individual de empresários, foi que adotaram um modelo de salvação para os seus próprios negócios.

O novo projeto econômico de Paragominas não foi unanime. Uma significativa parcela dos madeireiros de lá, migrou e se distribuiu em vários municípios.

Alguns madeireiros foram para Tomé-açu, por exemplo, empregando ali a mesma forma de tratar a floresta que usavam em Paragominas. Lembro que o Prefeito e seu Pai, dois empresários do ramo da madeira, estão foragidos acusados de mandantes do assassinato de outro madeireiro, Luciano Capacio e do colega advogado Jorge Pimentel.

O "Programa Município Verde" tem metas que estão ficando longe de serem alcançadas; e não serão enquanto a pergunta inicial não for reformulada.

O Programa estabeleceu reduzir o desmatamento em duas etapas. Na primeira, seriam reduzidos 2.104 quilômetros quadrados até 2015. Na segunda, reduziriam 1.233 quilômetros quadrados até 2020. Os novos levantamentos do INPE comprometem as metas do Programa.

Um dos compromisso da Resolução COGES/PMV n.º 2012, a de número cinco, diz: "Não fazer parte da lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia".

O levantamento divulgado pelo INPE mostrou que dos 48 municípios que mais desmatam na Amazônia, 16 estão no Pará e muitos assinaram o termo de compromisso e até constam da propaganda que o Programa exibiu recentemente.

O "Programa Município Verde" funcionou em Paragominas por uma razão simples, ali não tinha mais o que desmatar. Para funcionar nos outros municípios, é necessário alterar o modelo de gerenciamento, o pacto, os investimentos e o foco. Inclusive atuar de forma preventiva.

Oriximiná é um município com 90% de cobertura florestal originária, ali o desafio de município verde é outro, diferente de Novo Progresso que está sobre pressão da indústria madeireira.

Os atores políticos, pensadores e planejadores do desenvolvimento paraense fracassaram - e olha que muitos deles estão ai apontando soluções milagrosas antes da década de 80 - não foram capaz de construir uma nova lógica diferente daquela inventada pelos militares. Mesmo os que dizem não agir por soluços, não param de singultar velhas soluções para novos desafios.

A hora talvez não seja priorizar o articulações ou lançamento de candidaturas a governador, quem quiser sair com seu nome até pode, não é proibido. Realizar debate de soluções sobre o futuro do Pará, parece ser a maior exigência da população.

Catadores e lixão do Aurá apontam positivamente para um futuro melhor


O que é meio ambiente?

Hoje é o "dia mundial do meio ambiente", uma data escolhida pela ONU para que a humanidade reflita sobre os parceiros que habitam a terra e garantem a vida para todas. Bactérias, mosquitos, elefantes, homens, plantas, água, ar, solo... Tudo é importante para manutenção da vida.

Nós, os humanos, fomos os últimos a surgir na face da terra. Durante muito tempo vivemos uma vida natural, sem gerar danos ou resíduos. Caminhávamos, caçávamos, comíamos e bebíamos apenas do que natureza nos proporcionava.

Num dado momento da história, resolvemos para de caminhar e começamos a criar animais, construir armazéns, estocar alimentos e acumular riquezas. Fomos aos poucos nos separando da natureza e construindo um meio ambiente próprio, só nosso. Casas, edifícios, estradas, carros. Nossa civilização é moderna e genial é a nossa capacidade de interferir na qualidade de vida do próprio planeta.

A nossa civilização resolveu muitos problemas, alguns deles causados por nós mesmos. Nossa modernidade em tecnologias avançadas é algo nunca experimentado. Mas é certo que não conseguimos solução para duas questões cruciais.

Nossa modelo de desenvolvimento não foi capaz de distribuir renda e respeitar o meio ambiente. Estes são dois grandes desafios modernos. Milhões de pessoas vivem em estado de pobreza absoluta, para elas falta o essencial a vida que é ter acesso a comida. Por outro lado, estamos esgotando os recursos naturais do planeta e gerando muito resíduos.

Quando falamos em meio ambiente, queremos cuidar da pobreza e da natureza.

Ação popular defende o meio ambiente

O meu artigo da semana, publicado no Estado do Tapajós, já está a disposição e trata da Ação Popular como instrumento de defesa do meio ambiente. Para ler, basta clicar na imagem e ir até o portal Estadonet.


O Pará tem que ser ouvido no licenciamento das grandes obras

A Comissão de Meio Ambiente da OAB Pará, provocado pelo presidente Jarbas Vasconcelos, aprovou parecer no qual aponta as inconstitucionalidades da Lei Complementar n.º 140/11 e demais procedimentos ambientais, levados à cabo em território paraense. A noticia e a íntegra do parecer estão disponibilizados aqui, para o conhecimento geral.


O problema são os casais heteros

Belém tem dez assassinatos em 12 horas. É a manchete de hoje do Diário do Pará. Na mesma página o Jornal publicou um foto do beijaço que a cantora Daniela Mercury deu em sua esposa durante a passeata "orgulho gay" na Avenida Paulista.

Ao ler a manchete e ver a imagem, lembrei-me de um dialogo que entabulei com um líder religioso de uma igreja evangélica.

- Pastor, com está o trabalho ambiental da sua Igreja? - perguntei;

- Ah, Seu Zé, está parado. Nossa prioridade é o trabalho com as famílias. As famílias estão desestruturadas - disse o homem da religião;

- Realmente temos muitos jovens desamparados e jogados no mundo do crime e a causa, muitas vezes, está na ausência de uma família estruturada - concordei;

- As famílias estão degenerando com tantos incentivos ao homossexualismo - disse o Pastor;

- Pastor, acredito que as famílias que estão com problemas são as heteros - Dai por diante, fiz foi um discurso contra a tese do Pastor. acho que até exagerei um pouco.

As pessoas são levadas a tomar atitudes baseadas em seus preconceitos estimulados por dados e informações falsas. Muito embora as noticiais sejam abundantes na imprensa e rede sociais, os casais homossexuais são a minoria da nossa sociedade.

O problema da violência está diretamente ligada a desestruturação de famílias heterossexuais. Pais e mães chamados "normais" estão deixando seus filhos nas ruas, entregues aos traficantes. Pais e mães estão abandonando seu papel e a responsabilidade de criar - e criar bem - os filhos. Jogam a responsabilidade nas mãos do Estado, este ser jurídico fictício e incompetente, que por seu turno deveria criar programas de inclusão para juventude, mas oferece é cadeias fétidas e dominadas pelos chefes do tráfico.

- Pastor, continue fazendo o trabalho com as famílias, mas com todas as famílias, em especial as heteros.

- Obrigado, seu Zé, o senhor tem razão. É que a gente fica meio zonzo quando estes gays mexem com o Marco Feliciano que até esquecemos de pensar antes de agir.




OAB conclui que o Pará é uma colônia do Brasil

Hoje teremos um importante debate na sede da OAB Pará, cujo tema é fruto do recente discurso do presidente Jarbas Vasconcelos em cerimônia no colégio de todos os presidentes das seccionais da OAB. 

Perante um auditório lotado, Jarbas declarou que se o Pará continuar sendo afastado pela União da sua competência ambiental e tributária, deixaremos de cumprir o objetivo central da República Federativa que é o de combater a pobreza e as desigualdades regionais.

Estamos a uma passo de voltarmos a ser uma mera colônia do Brasil, frustando os desejos dos nossos heróis cabanos, mortos asfixiados no porão do Brigue Palhaço por ousar defender o Pará e os habitantes das cabanas paraenses. 

A luta também é sua. Divulgue.


 

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